segunda-feira, 22 de junho de 2015

A vida

Os seres humanos não possuem nada de meros ou de simples e comuns animais, entretanto, não porque sejam os humanos melhores ou muito melhores que os demais animais, e sim porque os animais, todos eles, nada possuem de mero, ou de simples e comuns. Avida não possui nada de mero, de simples, ou de comum, não possui nada de vulgar (no sentido de banal), apesar de ser totalmente natural, e por isso, sendo os humanos animais, não podem ser eles também nada de meros, simples ou comuns.


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domingo, 21 de junho de 2015

Naturalmente ateu, porque humano crítico e racional


Naturalmente ateu não significa que sempre tenha sido ateu, o que seria uma grosseira mentira se afirmasse, tenho um passado histórico, e ele foi importante para o que sou hoje, não tenho vergonha dele, e neste passado, desde quando me é possível ter lembranças, sempre tive restrições a religião na qual fui introduzido por ação de meus pais, a católica, uma vez que me era impossível aceitar muitas passagens, me pareciam forçosamente criadas, mas tenho que admitir que acreditava piamente na existência de um deus. Isto fica estampado em textos que escrevi nos idos da década de 1970, uma crença em deus, e uma certa aversão a postura que considerava não aliada verdadeiramente aos pobres da religião que pertencia, e que de alguma forma generalizava, e reforçada esta aversão por alguns dogmas que não conseguia aceitar, entretanto, naquela época, sem nenhuma explicação mais racional para isto.  Depois conheci o espiritualismo não Kardecista, sem aceitar a reencarnação, o destino e o conceito de carma, o que possibilitava ser desta religião, pois que ela também não os defendia. Livre dos dogmas que não aceitava, e aparte de conceitos espíritas que me eram impossíveis aceitar, me encantei pelo que via, e tenho que afirmar que bastante coisas de minha forma de pensar o social advém desta fase. Mas a mesma sede de saber que carregava antes, foi reforçada nesta fase pelo interesse cada vez maior por estudar, observar e pensar. E quanto mais estudava, observava, e pensava, sem medo pelo que pensava, me provocando ao máximo, tentando extrair de mim mesmo até a última gota de dúvida, mais percebia que não precisamos de deus para nada do que existe de real por aqui, mas entendia, e foi a quebra final e mais dolorosa, que a vida não advinha de criação alguma, que a complexidade bela e formosa dela, decorria de algo simples e singelo, da evolução, e este foi o golpe final para manter qualquer crença na necessidade de algum deus. Mas por certa vergonha de me assumir como ateu, e por pena do que meus pais e amigos poderiam sentir ou pensar disto, fui me assumindo como agnóstico, pois que me dava a liberdade para não precisar crer, ou fingir que acreditava em algo que não mais acreditava, entretanto, este agnosticismo me gastava muito, pois que era uma mentira, e mentir é triste, chato, desgastante, e pesava sobre mim a certeza de que meus filhos ao crescerem perceberiam. Sobrava-me uma única alternativa, assumir de público meu ateísmo, até porque com o estudar, o observar e o pensar, ia cada vez mais solidificando esta descrença na existência de alguma deidade. O que é importante, e que muitos crentes não entendem, é que não descreio de um deus, não odeio deus algum, pura e simplesmente não acredito na existência de deus algum, assim não posso odiar o que não existe, e nem descrer do que não existe. Hoje, já a bastante tempo, sou livre das amarras e assumi claramente meu ateísmo, principalmente por que o estudar, o observar, e o pensar, me levaram ao materialismo (não a crença de que valoro os bens materiais, mas sim a crença sincera de que tudo, absolutamente tudo, é natural, é natureza, é real, e decorre ou pode ser de alguma forma sustentado ou reduzido por matéria ou energia, assim não existindo nada de sobrenatural, supernatural, ou transcendente), e por este caminho, apenas o ateísmo me era possível.